Compositor: Não Disponível
Oh, Outono
Não temas, minha cara
Somos ambas mal compreendidas
És tu quem me recepciona
Enquanto deslizo por teus portais, devo agora liberar-te
de tua pictoresca melancolia e pesarosa fadiga
De cada palavra de traição
pendura-se um sincelo de angústia
uma coleção de lágrimas do meu passado, agora congeladas
Eu deploro os falsos sonhos do homem
e aqueles que me tomam por tola
Irão cair perante mim
sangrando rubros cristais sobre meu gélido sorriso
em meu úmido e descorado túmulo
Para que eu possa tocar seu sofrimento
Sem, contudo, sentir remorso
Eles clamam pelo verão...
Mas é à mim que eles se sacrificam.